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::::c::::a::::o::::s::::m::::o::::s:::: Caô Press

10.5.03

Starless

Vocês conhecem essa música? Ela foi gravada em 1974 num disco chamado Red, do King Crimson. Eu a ouvi pela primeira vez nesse mesmo ano, mas pode ter sido também em 75. Ainda me lembro do impacto que senti na ocasião.

Há uns quatro anos atrás, quando eu jogava Age of Empires, era ela a minha trilha sonora, horas e horas a fio. Poucas músicas podem falar tão de perto à nossa alma para serem repetidas desse modo sem causar o mínimo enfado. Starless tem tudo que eu procuro numa música: melancolia, ternura, um toque francamente sombrio e momentos tão próximos do caos quanto possível.

Por que estou falando disso? Não sei. Havia pensado em falar de Aron Ralston e da noção de conatus em Spinoza, mas isso é obviamente um tema para a minha tese. Há que saber deixar o leitor em paz de vez em quando.

Ah, lembrei. Se é que minha morte vai dar ocasião a algum tipo de cerimônia, gostaria que tocassem um ou dois CDs que vou preparar especialmente para o deleite (ou o horror) das pobres almas que lá estarão. Nem preciso dizer que estou ouvindo Starless agora - pela quinta vez seguida - e que ela estará nesse CD.



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